“Um dos Vinhos mais Loucos do Mundo”

 

" … O produtor Estrelas do Brasil, uma pequeníssima vinícola que junta um enólogo brasileiro com um uruguaio e que produz alguns dos vinhos espumantes mais loucos do mundo. Numa primeira aproximação poderá até criar um sentimento de rejeição pela excentricidade e pela profusão de desequilíbrios, mas poucos minutos depois o entusiasmo vai crescendo e a soma de desequilíbrios acaba por se transformar em harmonia e sofisticação. Aventure-se nos Estrelas dos Brasil Nature e Nature rosé, dois vinhos espumantes tão invulgares que serão capazes de alimentar a conversa durante um serão inteiro. E ainda há quem diga que não vale a pena perder tempo com os vinhos brasileiros…"

 

Espumantes brasileiros – por Rui Falcão 

As notícias que chegam da terrinha, nome popular e afectuoso pelo qual Portugal é carinhosamente conhecido no Brasil, continuam a apresentar-se alarmantes e de mau prenúncio, repletas de profecias de desgraças presentes e de reveses anunciados para um futuro próximo. A esperança é rara ou inexistente e poucos são os que acreditam na tão comentada mas sempre adiada recuperação económica e anímica. O futuro assoma sombrio, envolto em sombras e desconsiderações, enquanto a descrença se instala de forma indelével no espírito dos portugueses.

A conjuntura presente, entre a descida irreal do preço final do vinho e a contracção severa do mercado nacional, acarreta a necessidade absoluta de exportar, de conquistar novos mercados, de alargar horizontes e investir esforços nas economias mais consistentes e com sinais mais ou menos claros de pujança actual e futura. Entre elas, entre os países mais acessíveis e de aposta mais intuitiva para os produtores de vinhos nacionais, encontra-se o Brasil, aquele que é já o nosso quarto maior mercado e onde as relações pessoais e comerciais conseguem ser mais fáceis.

Não se pense que o Brasil representa uma encarnação contemporânea da “árvore das patacas”, um eldorado que resolve de uma só vez os problemas que afligem os produtores portugueses. O Brasil é um mercado difícil e pulverizado em muitos estados, cada um com uma regulamentação autónoma, um país que convive com impostos muito elevados e com uma fiscalidade de compreensão quase impossível. É um mercado gigante, competitivo e aberto onde concorrem produtores provenientes de todos os países produtores do mundo.

Mas é igualmente um país onde os vinhos portugueses têm logo à partida boa aceitação e onde a língua, a história e a afinidade cultural jogam a nosso favor. Por ora o consumo de vinho é muito baixo, o mais baixo de todo o hemisfério ocidental, com um consumo per capita que nem sequer atinge os dois litros por habitante, valores pouco fidedignos, empolados e desvirtuados pelo consumo de vinho de uva americana… e que na realidade expõem um consumo efectivo de cerca de um litro de vinho por habitante. Um valor que dada a pequenez do valor actual só pode aumentar… e que, face aos duzentos milhões de habitantes, cada vez que aumenta reflecte um incremento de muitos milhões de litros de vinho!

Ao contrário de outros mercados internacionais onde o nome Portugal é desconhecido ou sofre de uma conotação negativa, no Brasil não temos de envidar esforços desmesurados para mostrar o país e não temos de gastar recursos infinitos para apagar eventuais más imagens do passado. A par de outros mercados igualmente prioritários, o Brasil deverá ser uma das grandes apostas dos produtores nacionais. Não para escoar vinhos de qualidade duvidosa ou para inundar o mercado com preços muito baixos, solucionando pontualmente os problemas de tesouraria de alguns produtores, mas sim apostando numa distribuição eficaz que avance para além do eterno eixo São Paulo/Rio de Janeiro, as duas cidades onde a maioria dos produtores nacionais concentra a atenção.

Do que poucos se recordam, ou sequer se apercebem, é que o Brasil é igualmente um país produtor, um país onde o vinho é muito mais que uma colecção de rótulos importados. O grosso da produção concentra-se no estado do Rio Grande do Sul, em terra Gaúcha, no extremo sul do país, apesar de a Serra Catarinense, no estado de Santa Catarina, também no sul do Brasil, comece a conquistar um lugar ao sol beneficiando da presença das vinhas em altitude. Uma imensa maioria de portugueses, de resto tal como certamente uma imensa maioria de europeus, diverte-se com a simples ideia de experimentar um vinho brasileiro, desdenhando-os logo à partida, na maioria das vezes sem nunca os ter provado. A maioria zomba da sua qualidade, recusando-se sequer a considerar a possibilidade de o Brasil poder elaborar vinhos de qualidade.

Para ser justo, e salvo as raras e devidas excepções, a maioria dos vinhos brancos e tintos brasileiros são de qualidade mediana ou inferior, raramente cativando ou impressionando pela qualidade e/ou originalidade. O mesmo não se passa com os vinhos espumantes, categoria onde os produtores brasileiros conseguem tirar partido do clima difícil de Bento Gonçalves… onde as maturações nem sempre são fáceis. No mundo dos vinhos espumantes o Brasil dá cartas conseguindo apresentar alguns rótulos de qualidade muito elevada, vinhos que apresentados em prova cega seriam capazes de impressionar e cativar enófilos de qualquer parte do mundo.

Dos muitos vinhos espumantes brasileiros provados, e foram mesmo muitos, destaco três vinícolas que não teria dificuldade em situar entre os grandes produtores de vinhos espumantes do mundo produzidos fora da região francesa de Champagne. São eles os espumantes produzidos por Cave Geisse, Maximo Boschi e Estrelas do Brasil, o último dos quais é um produtor quase de garagem que se orgulha de produzir vinhos alternativos e profundamente excêntricos.

Cave Geisse é o mais conhecido dos três, um produtor enólogo de origem chilena que se mudou para o Brasil como consultor da Chandon e que mais tarde acabou por criar uma empresa própria de vinhos espumantes. Um dos rótulos que mais emociona é o Cave Geisse Blanc de Blancs, elaborado unicamente com a casta Chardonnay, um espumante elegante e profundamente “champanhês” no estilo. A reter igualmente o Cave Geisse Blanc de Noirs e o austero Cave Geisse Terroir Nature. Maximo Boschi apresenta-se num estilo ligeiramente mais oxidado e profundamente clássico no perfil, destacando-se essencialmente pelo rótulo Maximo Boschi Brut Speciale, um espumante que em prova cega poderia ser facilmente confundido com um vinho da região de Champagne.

Por fim o produtor Estrelas do Brasil, uma pequeníssima vinícola que junta um enólogo brasileiro com um uruguaio e que produz alguns dos vinhos espumantes mais loucos do mundo. Numa primeira aproximação poderá até criar um sentimento de rejeição pela excentricidade e pela profusão de desequilíbrios, mas poucos minutos depois o entusiasmo vai crescendo e a soma de desequilíbrios acaba por se transformar em harmonia e sofisticação. Aventure-se nos Estrelas dos Brasil Nature e Nature rosé, dois vinhos espumantes tão invulgares que serão capazes de alimentar a conversa durante um serão inteiro. E ainda há quem diga que não vale a pena perder tempo com os vinhos brasileiros…

Texto publicado originalmente no suplemento Fugas do jornal Público em 18 de Maio de 2013

http://ruifalcao.com/?p=914 

Espumante Estrelas do Brasil Nature Rosé para a #cbe

Estimados amigos, como já é nossa tradição em todo o início do mês, trago aqui no blog meu vinho escolhido para a CBE – a Confraria Brasileira de Enoblogs, possivelmente a primeira e única confraria virtual de vinhos do Brasil. Este mês, excepcionalmente, o tema não foi escolhido por um único confrade; na verdade, fizemos um consenso que brindaríamos (entendam, enfrentaríamos) a chegada do calor – que é extenuante, em algumas regiões – com uma bela garrafa de Espumante. Com certeza, posso lhes garantir, ninguém reclamou da escolha, afinal um espumante é sempre hiper-ultra-mega bem-vindo, não acham?

Eu confesso que este ano publiquei poucos espumantes aqui no blog e possivelmente estou abaixo da média dos anos anteriores. Mas hei de recuperar os números até o final do ano, creio – basta o calor da primavera dar as caras aqui no sul que os espumantes vêm junto na carona (risos).

Pois então, meu escolhido para a edição da CBE deste mês foi este belo Nature Rosé, elaborado pela Estrelas do Brasil – competente empreendimento da dupla de enólogos Irineo Dall’Agnol e Alejandro Cardozo, focado especialmente na elaboração de espumantes em Faria Lemos. Este rótulo é talvez um dos mais bem sucedidos da vinícola: um assemblage Nature (zero ou quase-zero açúcar) elaborado com as castas Pinot Noir, Chardonnay, Viogner e Rieslig Itálico ISV-1 (este último, por sinal, já deu as caras aqui no blog, com ótimos comentários). O espumante permaneceu 60 meses em contato com as leveduras. Mas vamos ao líquido:

Bela cor vermelha alaranjada, em tom de casca de cebola. Perlage fino e abundante, formando uma tênue coroa de espuma.  Aromas complexos, com notas de frutas secas e  amendoadas, com presença leve e equilibrada dos aromas da fermentação,  tudo em bom equilíbrio.  Em boca tem bom volume, com notas evoluídas e leve acidez. Muita cremosidade, enchendo o paladar. Agradável de se beber e com um final marcante,  isento de amargor ou outros defeitos. Gastronômico e versátil, pede comida.

É mais um ótimo produto desta vinícola que se tornou um verdadeiro sucesso na elaboração de espumantes e virou uma referência de qualidade. Muito boa a experiência, repetiria sem dúvida. Recomendo.

Quanto custa? Está a venda no site da vinícola por 80 reais. Seguramente, tem custo-benefício muito superior a diversos champagne que custam o dobro ou triplo desta cifra. Vale a pena provar.

Saúde a todos!

Fonte: http://universodosvinhos.com

Brasil na Taça: Harmonizando com Estrelas do Brasil

Um espumante Nature que, no nariz e na boca, lembra aqueles vinhos envelhecidos em barris e com leve toque de oxidação, tipo Jerez, alguns fortificados e brandies. Some-se a isso a austeridade dos espumantes “zero açúcar” e temos um vinho que pode ser definido como de difícil compreensão e que precisa de uma certa dose de boa vontade do bebedor.

O Estrelas do Brasil Nature 2007 foi feito pelo método tradicional e leva Chardonnay, Pinot Noir, Riesling Itálico e Viognier. A perlage exemplarmente pequenininha se debateu loucamente na taça por mais de 10 minutos em meio ao líquido tão dourado quanto o de cerveja pilsen. No nariz ainda mel, nozes e manteiga. Na boca é um escândalo de confuso! O General teria recuado não fosse minha insistência no conceito “experiência”. Um detalhe importante é que eu gosto do Jerez Fino, ele não!
Mousse gorda, cremosa; acidez na medida; vinho compriiiido… Admitindo minha pouca experiência, diria que este é um espumante no mínimo especial e que seguramente recomendaria a um amigo. Mas diria a esse amigo que não se deixasse levar pelo o que está lendo e que não reclamasse por não sentir nada do que eu senti.
É bom mencionar que o pai da criança, Irineo Dall’Agnol, discorda do meu jeito de ver seu vinho. A percepção é pessoal, o vinho não é consensual e ele sabe disso. Muito elegantemente, o enólogo opinou que o que eu entendi por “fortificado” e “oxidado” ele leu como “casca de laranja cozida”. Explicou ainda que o vinho tem aromas terciários em profusão, que são fruto dos 60 meses que maturou sobre as leveduras.
estrelas1[1]Eu sabia que não seria um espumante fácil e por isso arrisquei harmonizá-lo com algo pesado para um vinho do gênero: um risoto de camarão com tudo o que dele é de direito: um poderoso e verdadeiro caldo de peixe, manteiga, parmesão e páprica picante. Finalizei com manjericão e tomatinho cereja. E não é que ficou bom! O espumante tinha a estrutura e acidez necessárias para segurar a untuosidade do prato.

Para deixar os leitores do BK ainda mais tentados, o Anuário Vinhos do Brasil 2013 deu ao Nature 2007 Champenoise de Estrelas do Brasil a melhor nota (91) dentre as 554 amostras de vinhos nacionais enviadas por 85 vinícolas.

Essa joiazinha custa 80 reais, e quem quiser “experienciá-la” terá de ligar para o Irineo e pagar pelo frete. Ou ir à Bento Gonçalves e buscá-la das mãos do autor, como eu fiz.

Débora Portela . 19 de janeiro de 2016

Meu brasileiro preferido

Já tive diversas provas de que até a opinião dos mais entendidos em vinho é induzida por fatores como procedência, preço e indicação de pessoas influentes. Não por acaso, um incontável número de críticos sai acabrunhado de degustações às cegas por preterir grandes rótulos em nome de vinhos bem menos prestigiados. Tudo isso pra dizer que o vinho sobre o qual vou comentar, se ocultada a sua origem, causaria certo alvoroço. Às claras, a percepção sobre ele poderia não ser a mesma, por puro preconceito.
Pedindo por isenção, começo o texto sobre o brasileiro DMD Cabernet Sauvignon 2005, que carrega no rótulo o sobrenome de Irineo Dall’Agnol. Ele, gerente do laboratório de inovação enológica da Embrapa Uva e Vinho, e o enólogo uruguaio Alejando Cardozo estão à frente da reputada marca de espumantes Estrelas do Brasil. As borbulhas são sua real vocação e especialidade, e somente para safras especiais de tintos emprestam seu talento, como no caso de 2005.
No auge da maturação, os galhos que sustentam os cachos de uva são cortados, provocando uma forte desidratação dos bagos e a consequente concentração dos teores de açúcares, ácidos, sais e extratos. Esse processo se dá no próprio vinhedo e dura uma semana. O sucesso da experiência depende de sol e clima seco. Daí o nome DMD (Dupla Maturação Direcionada). No caso do Amarone, um clássico em se tratando de vinho à base de uvas passificadas, esse ressecamento acontece em ambiente fechado, controlado, e por meses. Vale ressaltar que as uvas são outras, que este DMD não passa por carvalho e que sua graduação alcóolica fica nos 13,5%, diferentemente dos Amarones italianos, que costumam partir dos 14% e têm o estágio em madeira como obrigatório. Portanto, nada de comparações injustas!
Para os entusiastas do vinho, o método inovador aplicado a este Cabernet Sauvignon por si só valeria a ida a Flores da Cunha, um distrito de Bento Gonçalves distante 140 km de Porto Alegre. A isso soma-se o lugar paradisíaco onde está sediado o show room de Estrelas do Brasil e a aula grátis sobre vitivinicultura, mercado e turismo dada pelo simpático Irineo.
0G[1]
 Já de saída, e bastante entusiasmada com os três espumantes que havia provado, eis que Irineo menciona um produto seu que “lembra o Amarone”, disse ele, justo o meu vinho preferido. Na falta de uma garrafa resfriada, serviu a que tinha, na temperatura ambiente dos janeiros escaldantes, mesmo na Serra Gaúcha. O álcool saltou no nariz, mas não ao ponto de se sobrepor às potencialidades do vinho, motivo por que levei duas garrafas. Fui aconselhada a decantá-lo por pelo menos 10 horas, e tomar um gole a cada duas horas, para notar sua complexidade e mutações ao longo desse período.

Em casa, eu, que não sou boba, segui as instruções do enólogo. No nariz, o vinho me lembrou couro mesclado a um balsâmico sutil, sem nada de fruta. Cheirinho de italianos maduros, mal simplificando a coisa. Uns 20 minutos depois, uma distante geleia de morango visitou minha taça.

Aromas vinham, desapareciam, e essa inconstância me deixava confusa e insegura quanto à análise que pretendia fazer.

Mais adiante, notas delicadas e distantes de frutas secas. Não reconheci nada de Cabernet Sauvignon nele, talvez porque o processo de passificação tenha dado um novo caráter ao vinho. O DMD é persistente e devolve ao final do gole um leve amargor, como vindo de um tostado, apesar de não ter passagem por madeira. Pode?

A presença do álcool no nariz não foi embora mesmo com as 10 horas de decantação, e se intensificou no paladar com o risoto de funghi, bacon e calabresa com o qual harmonizei o DMD. Talvez por causa do sal de todos esses ingredientes juntos, somado ao do parmesão da finalização. Sal e taninos se odeiam! E confesso que, louca por pimenta que sou, talvez tenha exagerado. E aí, a boca pega fogo mesmo!

Resumindo, um Cabernet de corpo médio, elegante, que me lembra mais um Ripasso que um Amarone, e com uma acidez que o mantém em grande forma mesmo aos NOVE anos de idade! E por um valor de Casillero del Diablo no Pão de Açúcar!

Débora Portela . 19 de janeiro de 2016

A Alquimia do Espumante

Diversidade e ousadia, assim resumo o trabalho dos enólogos Irineo Dall’ Agnol e Alejandro Alberto Cardozo Rapetti, proprietários da vinícola Estrelas do Brasil, como alquimistas na busca de espumantes que fogem aos padrões mundiais de frescor, corpo leve, aromas cítricos e acidez mais elevada.
De pequena produção, com uvas procedentes de vinhedos próprios da cidade de Nova Prata – RS e vinificação em parceria com outra vinícola em Caxias do Sul, a Estrelas do Brasil não possui um local específico de visitação, sendo a comercialização de seus produtos realzada pelo site (www.estrelasdobrasil.com.br) e na residência de Irineo, nos finais de semana, aonde recebe turistas e enófilos.
Para os que estão distantes, o site é uma opção para fazer seus pedidos, porém, quem tiver a chance de visitar e comprar os produtos diretamente na casa de Irineo, conhecerá uma pessoa simples e com muito prazer em receber, e terá o privilégio de saborear vinhos e espumantes desfrutando de uma das mais belas vistas que conheci em minha vida.
Irineo mora no topo do Vale Aurora, contíguo ao Vale dos Vinhedos, na cidade de Bento Gonçalves – RS, no distrito de Faria Lemos, de onde se pode contemplar toda a beleza da região do quintal de sua casa ou do mirante que ele construiu para que os visitantes pudessem aproveitar o momento.

Sempre que estou faço fotos e envio para os amigos de todo o Brasil, e as que apresento aqui foram feitas quando levei meus parentes de Minas Gerais para conhecer Irineo. Percebam as mudanças constantes no cenário.

OS VINHOS E ESPUMANTES ESTRELAS DO BRASIL
Um rápido passeio pelo blog, em VINHO e VOCÊ E O VINHO, é  suficiente para se verificar que os vinhos e espumantes da Estrelas do Brasil fazem parte de meus momentos de degustação e de enófilos pelo Brasil. Os “enólogos alquimistas” Irineo e Alejandro buscam nos surpreender com vinhos e espumantes diferentes. Apesar da pequena produção, a diversidade de produtos impressiona, e na qualidade, sabores e aromas que conquistem enófilos à procura de algo novo.