EXPOVINHOS – VITÓRIA 2011


        Entre mares e  montanhas, abençoados por um sol agradável e um céu azul, estivemos participando em Vitória do III Salão Internacional do Vinho, evento este que reúne enófilos, somelliers, enólogos, chefs, apreciadores de vinhos e espumantes.


       Estrelas do Brasil esteve participando junto ao estande da Divina Botella, nosso representante neste estado e região.


      O evento, muito bem organizado, com todo o suporte ao expositor, proporcionou um contato com um público seleto e exigente, sedento por novidades e descobrindo o prazer de degustar novos produtos, harmonizar com pratos típicos desta culinária rica em frutos do mar, peixes, muqueca (capixaba!!!), uma combinação perfeita com nossos espumantes nacionais!


       Fiquei muito encantada com a cidade, com o público e com o potencial desta região para apreciar nossos espumantes! O clima, a gastronomia, a praia, o estilo de vida favorecem a tais experiências!


     Apostamos em Vitória!


     Estrelas do Brasil está na cidade, estado e região através da Divina Botella com Flavio e você encontra na rede Carone de Supermercados.


     Por Eliani Lanzarini


 


 

Vinha Homem e Vinho

Por Irineo Dall’Agnol – Enólogo e Vitivinicultor

Na evolução da vida quem surgiu antes! O homem ou a videira?…Segundo (Santos 1983) a videira é anterior a espécie humana!!! Deus deve ter criado a vinha e após o homem para cuidá-la… Sabe-se, que a videira esteve sempre presente em todas as fases da evolução da humanidade. Esta simbiose estabelecida entre os dois reinos, proporcionou a domesticação da vinha pelo homem, tornando-se a cultura mais estudada até hoje, depois do trigo. 


Filósofos, pensadores, pintores, escritores, poetas… tinham sempre presente o vinho, como uma das fontes de inspiração para suas obras. O homem sábio jamais odiou a vinha e o vinho. O mais famoso deles Jesus Cristo, utilizou-se deles como instrumento para passar os seus ensinamentos. Provavelmente, por ser um elemento muito presente no dia-a-dia das pessoas daquela época. Na Bíblia existem mais de 120 passagens que relatam o vinho e a videira. Cristo no seu primeiro milagre transformou a água em vinho e na última reunião com seus discípulos na Santa Ceia elevou para o alto um cálice com vinho, imortalizando o gesto repetido até hoje pelos vencedores,  exclamando: “Este é o meu sangue da nova eterna aliança que será derramado por muitos para remissão dos pecados”, (Mt. 26, 28; Mc. 14, 23; Lc. 22, 20).


A vinha fixa o homem à terra. Todas as Regiões do mundo onde a videira é cultivada com expressão agregaram maior desenvolvimento social, econômico e cultural do seu povo. O ato de plantar, manejar, processar exige muita dedicação, parcimônia e esmero do homem, que acaba adquirindo conceitos de planejamento, persistência, competência tornando-o altamente competitivo e eficiente em outras áreas da sociedade.


A videira é uma das plantas mais alegres da natureza. Diferentemente do homem que pode se locomover para procurar alimentos e a melhor condição para sobreviver, ela imóvel, estende suas folhas como se fossem mãos abanando para ao alto, a fim de captar a radiação solar e, concomitantemente sequestrar da atmosfera o gás dióxido de carbono (CO2). Também, como em um passe de mágica mescla sua seiva bruta, rica em água e sais minerais absorvidos do solo, provocando um dos fenômenos mais importantes para a manutenção da vida, a “fotossíntese” (transformação da energia fotoquímica  em energia orgânica). A vinha, ainda, caprichosamente antes de oferecer o seu trabalho ao homem em frutos delicados, os enfeita mostrando toda sua feminilidade com pigmentos atrativos, polifenóis protetores, aromas encantadores e um delicado sabor que atrai e agrada a todo o reino animal, indistintamente. Eufórico, ainda não satisfeito, o homem elabora o vinho para concentrar e armazenar um dos alimentos mais alegres e completos para o corpo, a alma e o espírito.


Noé, após sobreviver ao dilúvio, ancorou sua arca em terra firme e, imediatamente ordenou que se plantasse os bacelos de videiras que trouxera consigo. Para ele era prioritário que, após elaborar o vinho o bebeu com tanto fervor saindo nú pela aldeia, gritando e exaltando os Deuses do vinho. O homem por ser o único animal que bebe sem sentir sede, deve fazê-lo sempre de forma prazerosa e, preferencialmente em companhia. O prazer e a euforia que o vinho provoca só se compara com a dos eleitos.


A vinha, o homem e o vinho se complementam, são altamente dependentes, necessitam estar sempre próximos para expressarem ao máximo suas qualidades. Esta planta de tronco sinuoso e de frutos suculentos, contribuiu muito para o desenvolvimento atual da humanidade, sem ela o mundo seria outro… Provavelmente mais triste.


 

Ter um Deus dentro de si deveria ser a medida de equalização da humanidade

Mulheres que morreram queimadas por se rebelar contra o serviço escravo em 1857, dando origem ao dia internacional da mulher.

Meninas e meninos,
 
Já ouviram a palavra entusiasmo muitas vezes, mas sabem seu verdadeiro siginificado? 
 
Esta palavra vem do grego e significa “ter um Deus dentro de si”, e para os gregos, que eram politeístas, era uma pessoa entusiasmada, aquela que “possuída” por um dos deuses e, por causa disso, poderia transformar a natureza e fazer as coisas acontecerem. 
 
Assim vejo o cotidiano de muitas pessoas quando me deparo com aqueles que “fazem” acontecer, na gastronomia, nos vinhos, na política, no dia-a-dia, enfim, e na qual me incluo, sem falsa modéstia quando o assunto é enogastronomia, vinhos, cozinha, turismo ligados aos dois citados. 
 
Continuando com os gregos se a pessoa fosse entusiasmada por Ceres, deusa da agricultura, esta seria capaz de fazer acontecer a melhor colheita, e assim por diante, pois somente as pessoas entusiasmadas eram capazes de vencer os desafios do cotidiano. 
 
Pessoas que conheço, e espero conhecer muitas mais, com o entusiasmo citado, como os amigos Renato Sebastiani, Oscar Páez, Juan Carrau Bonomi e seus vinhos Velho do Museu; Carlos Cabral e a paixão pelos vinhos do Porto; Don Miguel Torres com sua eterna jovialidade. 
 
Para apenas citar alguns dos muitos amigos enólogos entusiasmados que conheço no Chile como Felipe Tosso, Sergio Hormazabal, Mario Geisse e no Brasil os enólogos Alejandro Cardoso, Irineo Dall’Agnol, Luís Henrique Zanini. Não posso e não devo ficar aqui citando os amigos enólogos porque não caberiam na lista e fatalmente me esqueceria de muitos, o que é injusto, pois deles me considero amigo, e igualmente entusiasmados, e muito menos todas as pessoas entusiasmadas que conheci e conheci, como minha mãe, que à beira de falecer, dizia estar melhorando, que iria ao casamento da neta, apesar da debilidade do câncer e das dores, sempre entusiasmada com a vida. 
 
Continuando, se formos esperar pelas condições ideais primeiro, para depois nos entusiasmarmos, jamais iremos atingir o entusiasmo necessário, pois entusiasmada é a pessoa que acredita em si, acredita nos outros, e com isto acredita na força que as pessoas têm de transformar o mundo e a própria realidade. 
 
Não é o sucesso que traz o entusiasmo, mas o contrário, o entusiasmo é que traz o sucesso, em qualquer área, e este não depende de quanto dinheiro ganhe com sua atividade, são coisas distintas, em que pese quase sempre, um estar ligado ao outro. 
 
Como vai o seu entusiasmo pelo Brasil, pelo curso, pelo seu emprego, pela sua família, pelo seu sucesso e pelo sucesso de seus amigos? 
 
Vejo o momento político, e acredito que sem entusiasmo, nada ocorrerá, e se você é daqueles que acha impossível entusiasmar-se com as condições atuais, acredite; jamais sairá dessa situação. 
 
Muita gente confunde otimismo com entusiasmo. A pessoa entusiasmada é aquela que acredita na sua capacidade de transformar as coisas, de fazer dar certo, otimismo significa acreditar que uma coisa vá dar certo. 
 
É preciso acreditar em você, acreditar em sua capacidade de vencer, de construir o sucesso, de transformar a realidade, como acredito que eu possa e vá, mesmo que demore, afinal, já deixei de ser engenheiro para virar vinho, que não é nada fácil. 
 
Muito deste texto é devido à Martins Filho, L.A. Socorro, preciso de motivação, São Paulo, Ed. Aba, 1997. 
 
Até o próximo brinde! 
 
Álvaro Cézar Galvão
http://www.divinoguia.com.br

V Concurso Internacional de Vinhos do Brasil

A Copa do Mundo dos Vinhos do Brasil é nossa!!



 


 


A noite de 08 de julho de 2010, no Salão Nobre do imponente Spa do Vinho, no Vale dos Vinhedos será inesquecível!


Após 3 dias de degustação às cegas de 457 amostras de vinhos, por uma equipe de degustadores nacionais e internacionais, foram revelados os 30% melhores do V Concurso Internacional de Vinhos do Brasil, conforme normas internacionais da OIV.


A expectativa era grande devido ao elevado número de amostras, onde 15 países concorreram com o que de melhor apresentaram.


Para grande surpresa, a ESTRELAS DO BRASIL com o vinho DALL’AGNOL SUPERIORE 2005 foi a distinção máxima da noite. Na história do vinho brasileiro jamais um vinho  tinha  obtido tal reconhecimento. Após mais de 2099 amostras, totalizadas nos 5 concursos internacionais do Brasil, pela primeira vez a Grande Medalha de Ouro foi concedida.


É um orgulho para nós sustentar tamanho reconhecimento e provar mais uma vez que o Brasil pode e poderá elaborar grandes vinhos.


O foco da Estrelas do Brasil está na elaboração de espumantes diferenciados, especialmente, em safras excepcionais como a de 2005, considerada a melhor de todos os tempos, elaboramos lotes limitados de vinhos tranquilos, como foi o caso do DALL’AGNOL SUPERIORE 2005.  A Estrelas do Brasil disponibilizará um lote de apenas 1000 garrafas aos apreciadores que desejarem provar  este “presente” particular,  resultado da nossa filosofia harmonizada com a natureza da Serra Gaúcha.


Para abrilhantar esta grande conquista, obtivemos ainda neste concurso, Medalha de Ouro para o Espumante Estrelas do Brasil Brut Charmat e Medalha de Prata para o Espumante Estrelas do Brasil Brut Champenoise.


 


Um brinde a todos que admiram e apoiam o nosso trabalho!


Irineo Dall’Agnol e Alejandro Cardozo


 


 


Más que oro liquido, oro tinto: merecedor de Gran Medalla de Oro



 


Texto: Sommelier Daniel Arraspide, Foto: Gentileza Estrelas do Brasil

Nombre Comercial: Dall’Agnol Superiore
Variedad: Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc, Tannat
Cosecha: 2005
Alc. Vol.: 14 %
Enólogos: Alejandro Cardozo / Irineo Dall’Agnol
Productor: Estrelas do Brasil Comércio de Vinho, Faria Lemos / Bento Gonçalves (RS) – Brasil


Cuando el enólogo Cleber Andrade – poniendo cierta expectativa y grado de nerviosismo – anunció la premiación, nadie esperaba (ni siquiera sus propios hacedores) que esa Gran Medalla de Oro quedara en manos de productores de un vino tinto brasilero.
        


Mas así ocurrió, y el público reunido este pasado 8 de julio en el Salão Nobre del Hotel & SPA do Vinho Caudalie del Vale dos Vinhedos, día marcado para la entrega de los premios del V Concurso internacional de Vinhos do Brasil, aplaudió merecidamente el esfuerzo de los grande enólogos – socios de un emprendimiento aún nuevo – propietarios de la empresa Estrelas do Brasil.
        


Conozco a Alejandro Cardozo (uruguayo) desde hace unos años, y si mal no recuerdo, creo que nunca lo había visto tan feliz. Lo mismo de Irineo Dall‘Agnol, con quien he tenido menos trato, pero de igual forma, esa noche se mostraba reconfortado. Hacia pocas horas que habíamos estado charlando con él acerca de la lenta marcha que muestran productos de alta gama y calidad en el mercado brasilero. Sin embargo, este reconocimiento, no hace otra cosa que reafirmar que el camino trazado, es sin lugar a dudas el correcto.


 También recuerdo el momento en que Alejandro, en una cena en su casa, hace no más de tres meses, luego de compartir un excelente Borgoña tinto, sirvió aquel caldo – que sin ver su etiqueta, ni conocer su procedencia – nos impresionó tanto que hizo volar nuestra imaginación a los países productores de renombre del viejo mundo. Luego, comprobamos que se trataba de aquel vino, el mismo que recibía esta Gran Medalla poco tiempo después.
     


Se trata de un caldo de color profundo, con reflejos violáceos vibrantes. En la copa se muestra denso y con lágrimas que tiñen las paredes del cristal, descendiendo lentamente en forma de lágrimas. Su aroma, una mezcla de fruta roja muy madura, en total armonía con especias hace tan placentera la etapa olfativa que invita a repetir varias veces la experiencia. Ya en boca, se muestra musculoso, de gran cuerpo, taninos dulces, y repitiendo notas de uvas pasas, fruta roja, mermelada, té negro, tabaco, pimienta y aceitunas negras. Persistente y largo en el paladar, mostrando una aptitud excelente para su buena guarda y envejecimiento.


Lamentablemente, les tengo que dar una mala noticia: este vino se produjo en cantidad limitada, solo 1000 botellas fueron elaboradas. Así que si siente voluntad de probarlo, no pierda el tiempo !


Ideal cuando es servido a temperatura en el entorno de los 17 – 18 grados.


MARIDAJE: Lechón asado perfumado de hierbas aromáticas con rissoto de fungi.

Rota Cantinas Históricas

       


27/12/2011 | N° 11253


CAIXA-FORTE | SILVANA TOAZZA/ PIONEIRO


 


·         FÉRIAS: TEMPO DE PASSEAR PELA SERRA



Muita gente já entrou no merecido período de férias. As opções prediletas dos serranos costumam ser veranear no litoral gaúcho e catarinense, conhecer as belezas naturais do Nordeste do país ou então apostar em passeios internacionais para os parques temáticos de Orlando (Estados Unidos), para a Europa ou para os vizinhos Buenos Aires (Argentina) e Montevidéu (Uruguai).

Mas nem todas as famílias possuem um orçamento que comporta roteiros ousados. Então, por que não aproveitar o tempo livre e se aventurar por passeios interessantes no próprio “quintal”?

Há turistas de todo o país e até do Exterior que baixam na região para conhecer roteiros que mesclam cultura italiana, produção de vinhos e farta gastronomia. Entre eles estão o Vale dos Vinhedos e os Caminhos de Pedra. Mas eles não são os únicos. Só em Bento Gonçalves existem seis roteiros turísticos, incluindo a recém-apresentada Rota Cantinas Históricas (foto MonteVino Espumantes Estrelas do Brasil), formada inicialmente por oito associados do distrito de Faria Lemos, tendo o enoturismo e o turismo rural como apelos. Para ganhar força entre as atrações de Bento, o roteiro busca intensificar a parceria com o Vale do Rio das Antas.

A Rota Cantinas Históricas é privilegiada pelas belas paisagens e por oferecer produtos exclusivos em suas vinícolas, vista deslumbrante do Mirante do Campanário e cantina com apresentações artísticas. A Associação Caminhos de Faria Lemos tem consciência, porém, que há pedras no caminho: luta para conseguir o asfaltamento da estrada que liga o distrito ao Vale dos Vinhedos, passando pelo Vale Aurora, além de padronizar a sinalização turística do roteiro.

– A cultura do vinho é muito mais do que está na taça. Todo o entorno move a curiosidade, promovendo novas experiências – define o coordenador da Rota Cantinas Históricas, Anderson de Césaro.

***

Essa é apenas uma entre tantas opções de diversão aos olhos e ao paladar na Serra. É preciso valorizar e propagar o que temos de bom.


 



 


Aconteceu nos dias 20 e 21 de novembro em Gramado no Serra Park, o 21o. Festival de Turismo, uma das grandes feiras de negócios turísticos da América Latina. O Festival do Turismo de Gramado reúne, no sul do Brasil, uma significativa amostragem do produto turístico mundial.

      O Festival do Turismo figura ao lado dos mais importantes eventos do setor. É a feira de negócios de resultados mais efetivos para o trade brasileiro e sul-americano. Em dois dias de intensa atividade, o Festival de Gramado propicia o clima ideal para a concretização de negócios e parcerias que geram sólidos resultados durante todo o ano. 

     O Festival é uma vitrine privilegiada para 2.600 marcas. Voltado exclusivamente a profissionais do trade turístico, recebe empresas, representações oficiais e profissionais com poder de decisão de mais de 50 países no moderno Centro de Feiras e Eventos Serra Park. Por seus corredores circulam mais de 13 mil profissionais do trade.

      O Congresso do Festival do Turismo de Gramado que ocorre juntamente, antecipa o que será tendência no mercado e discute os rumos da atividade turística. 


      Neste evento, aconteceu o lançamento do roteiro turísico – Cantinas Históricas, Memórias do Saber –  onde está incluido a visitação ao Monte Vino e Espumantes Estrelas do Brasil, com a exuberante vista dos vinhedos da Familia Dall’Agnol em Faria Lemos. Para os que apreciam reter imagens através de filmagens e fotografias, as encostas ensolaradas, com seu mosaico de cores é uma escolha de encher os olhos e elevar o espírito.


      Seja bem vindo a mais esta atração turística de Bento Gonçalves! Venha brindar com Estrelas do Brasil!!!


Para conhecer mais, acesse: http://www.cantinashistoricas.com.br/


 


Irineo Dall’Agnol e Alejandro Cardozo

PAPO DE VINHO

A Jornalista Débora Portela visitou a Estrelas do Brasil, na Serra Gaúcha.

Eu não fui a Estrelas do Brasil por acaso. Seus vinhos não estão nas prateleiras de nenhum supermercado, a marca não é conhecida, eles não investem em publicidade, e encontrar sua sede sem GPS não é tarefa fácil. Não fossem as placas indicando o caminho para a Dal Pizzol, eu jamais teria chegado.
Estive na Serra Gaúcha agora em janeiro para conhecer pequenos produtores e seus vinhos exclusivos. Minha fonte de informação foi a internet, mais especificamente os blogs que falam sobre vinho. Vinícolas que não são potenciais anunciantes parece não interessar à mídia especializada.

Determinante na decisão de conhecer a Estrelas foi o relato de Rui Falcão, um jornalista português, craque em vinho e dono de um texto que me mata de inveja. Disse ele: "… uma pequeníssima vinícola que junta um enólogo brasileiro com um uruguaio e que produz alguns dos vinhos espumantes mais loucos do mundo. Numa primeira aproximação poderá até criar um sentimento de rejeição pela excentricidade e pela profusão de desequilíbrios, mas poucos minutos depois o entusiasmo vai crescendo e a soma de desequilíbrios acaba por se transformar em harmonia e sofisticação".

Como não se empolgar? Mas a melhor descrição da experiência que tive, li no blog do Didu Russo: "Engarrafando a Paisagem", frase atribuída por ele ao jornalista Luiz Horta, outro grande regente de palavras. Nenhuma foto ou depoimento, entretanto, pode traduzir a sensação de beber uma taça de espumante à beira do inspirador Vale Aurora. E é óbvio que minha avaliação sobre os vinhos que provei está impregnada de tudo o que os cercam e que pude observar. Há uma história por trás das garrafas, existem ideais e valores que não consigo dissociar do produto final. Eu gosto da ideia de que o vinho é algo além do líquido.

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Irineo Dall'Agnol respondeu ao email que escrevi somente dez dias depois, disposto a me receber no final daquela tarde de segunda-feira. Já tinha perdido as esperanças. Ele, formado em Ciências Agrárias, supervisiona desde 1989 o laboratório de Inovação Enológica da Embrapa Uva e Vinho. Em 2005 se uniu ao amigo uruguaio Alejandro Cardozo, consultor de diversas vinícolas e enólogo responsável da Piagentini, para fazer os vinhos com o qual sonha beber e experimentar técnicas inovadoras de produção.
Irineo é brasileiro, mas é óbvia sua ascendência italiana. Fala alto, muito, rápido, e com as mãos. Mais do que apaixonado pela profissão, ele parece bastante grato pela chance de trabalhar com vinhos e de viver no alto daquela colina onde fixou as bases de Estrelas do Brasil. Numa de suas frases em fast deixou escapar que aquele lugar deveria ser tombado pelo poder público.
Mas ele tem um plano. Não apenas para sua propriedade e sua marca, mas para toda a região. "Só o turismo pode salvar os pequenos produtores de vinho", profetiza ele, que já arregaçou as mangas.

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Ergueu uma casa de pedra ao estilo do Vêneto onde vai funcionar um restaurante e espaço para eventos. Também está em construção uma adega subterrânea.

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Uma pousadinha integra o projeto. Tudo, segundo ele, sem descaracterizar a paisagem e respeitando o meio ambiente.
Enquanto seu pequeno pólo turístico vai sendo erguido, ele continua recebendo em sua casa os enófilos atraídos pela fama que Estrelas do Brasil tem no "submundo" do vinho.
Começamos os trabalhos com o Riesling Itálico Brut 2013. Espumante clarinho, super leve, fresco, com notas de pêssego e cítricas, fermentado apenas uma vez, como o espumante moscatel. O processo é interrompido aos 8 gramas de açúcar residual, o que o coloca na categoria dos Brut. Acho que quando falam de um vinho para beber despretensiosamente, conversando com amigos, ou mesmo num churrasco, penso que seria esse. Substituto chique para a pilsen de milho, mas com moderação, porque o danado tem 12% de álcool. "É para o brasileiro iniciante em espumante", sugere Irineo. E por 25 reais!
A coisa ficou mais séria na sequência, quando nos foi servido um espumante  Nature Rosé Champagnoise 2007. Enquanto meu nariz pescava uma pitanguinha, o enólogo falava em "bosque úmido e névoa de catarata". Legal! Ainda não sei entender nem me expressar sobre certos conceitos abstratos, mas definiria este espumante como denso, cremoso, gordo, persistente, e ainda assim elegante e delicado, com um leve amargor final. Os taninos que percebi creditaria às cascas da Pinot. O Irineo disse que eles foram presentes da barrica na qual o vinho base descansou antes de virar borbulha. Contei no relógio, a perlage fininha demorou uns 10 minutos para deixar de vez a taça.
Quer fazer o seu? Anote a receita: misture Pinot Noir, Riesling Itálico, Viognier e Chardonnay, sendo que a rainha das uvas brancas deve repousar em carvalho por um aninho. Depois, deixe o espumante maturando por 60 meses sobre as leveduras, dentro da garrafa. Custa 80 reais.

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Por fim, o espumante que mais me surpreendeu. Um blend das mesmas uvas do Nature Rosé, mas este um Brut Champagnoise do ano 2007, com 24 meses de maturação. Cor de pilsen checa, douradíssima, além de aromas e boca que me lembraram os de um vinho fortificado. Na mesma taça, notas de nozes e mel. Muito interessante! O enólogo garantiu que depois de disperso todo o gás, o espumante vira um "baita vinho" tranquilo. Um "dois em um" que vale 60 reais.
Voltando ao Rui Falcão, em seu texto ele diz que Irineo "é um produtor quase de garagem e que se orgulha de produzir vinhos alternativos e profundamente excêntricos". E eu me pergunto: se a grande vocação do Brasil é para os espumantes, por que a maioria dos produtores se contenta em fazer mais do mesmo, em perseguir fórmulas prontas e consagradas? Por que não buscam imprimir em seus vinhos um sotaque brasileiro, para que, talvez, no futuro, nosso espumante seja reconhecido como uma marca, uma referência, assim como Champagne, Cava ou Franciacorta?

Mas aí imagino que muitas famílias da Serra Gaúcha dependam do vinho para sobreviver. Não podem ser dar ao luxo de desprezar uma safra órfã do clima ideal. E esse vinho tem de agradar a maioria dos paladares. E aí, faz-se o que precisa ser feito.
Eu acho que o grande trunfo do Irineo é justamente a liberdade de não viver do vinho que faz, fato que lhe dá coragem para correr riscos na busca do vinho em que acredita.
Sorte nossa!   

Débora Portela é jornalista, com passagens por Jornal Lance!, Rádio Jovem Pan, TV Bandeirantes, Rede TV, TV Cultura e Rádio Internacional da China. É apaixonada por vinhos e por isso, recentemente, concluiu o curso de Sommelier pelo Senac-SP.

FONTE: http://www.papodevinho.com/search/label/D%C3%A9bora%20Portela

“Um dos Vinhos mais Loucos do Mundo”

 

" … O produtor Estrelas do Brasil, uma pequeníssima vinícola que junta um enólogo brasileiro com um uruguaio e que produz alguns dos vinhos espumantes mais loucos do mundo. Numa primeira aproximação poderá até criar um sentimento de rejeição pela excentricidade e pela profusão de desequilíbrios, mas poucos minutos depois o entusiasmo vai crescendo e a soma de desequilíbrios acaba por se transformar em harmonia e sofisticação. Aventure-se nos Estrelas dos Brasil Nature e Nature rosé, dois vinhos espumantes tão invulgares que serão capazes de alimentar a conversa durante um serão inteiro. E ainda há quem diga que não vale a pena perder tempo com os vinhos brasileiros…"

 

Espumantes brasileiros – por Rui Falcão 

As notícias que chegam da terrinha, nome popular e afectuoso pelo qual Portugal é carinhosamente conhecido no Brasil, continuam a apresentar-se alarmantes e de mau prenúncio, repletas de profecias de desgraças presentes e de reveses anunciados para um futuro próximo. A esperança é rara ou inexistente e poucos são os que acreditam na tão comentada mas sempre adiada recuperação económica e anímica. O futuro assoma sombrio, envolto em sombras e desconsiderações, enquanto a descrença se instala de forma indelével no espírito dos portugueses.

A conjuntura presente, entre a descida irreal do preço final do vinho e a contracção severa do mercado nacional, acarreta a necessidade absoluta de exportar, de conquistar novos mercados, de alargar horizontes e investir esforços nas economias mais consistentes e com sinais mais ou menos claros de pujança actual e futura. Entre elas, entre os países mais acessíveis e de aposta mais intuitiva para os produtores de vinhos nacionais, encontra-se o Brasil, aquele que é já o nosso quarto maior mercado e onde as relações pessoais e comerciais conseguem ser mais fáceis.

Não se pense que o Brasil representa uma encarnação contemporânea da “árvore das patacas”, um eldorado que resolve de uma só vez os problemas que afligem os produtores portugueses. O Brasil é um mercado difícil e pulverizado em muitos estados, cada um com uma regulamentação autónoma, um país que convive com impostos muito elevados e com uma fiscalidade de compreensão quase impossível. É um mercado gigante, competitivo e aberto onde concorrem produtores provenientes de todos os países produtores do mundo.

Mas é igualmente um país onde os vinhos portugueses têm logo à partida boa aceitação e onde a língua, a história e a afinidade cultural jogam a nosso favor. Por ora o consumo de vinho é muito baixo, o mais baixo de todo o hemisfério ocidental, com um consumo per capita que nem sequer atinge os dois litros por habitante, valores pouco fidedignos, empolados e desvirtuados pelo consumo de vinho de uva americana… e que na realidade expõem um consumo efectivo de cerca de um litro de vinho por habitante. Um valor que dada a pequenez do valor actual só pode aumentar… e que, face aos duzentos milhões de habitantes, cada vez que aumenta reflecte um incremento de muitos milhões de litros de vinho!

Ao contrário de outros mercados internacionais onde o nome Portugal é desconhecido ou sofre de uma conotação negativa, no Brasil não temos de envidar esforços desmesurados para mostrar o país e não temos de gastar recursos infinitos para apagar eventuais más imagens do passado. A par de outros mercados igualmente prioritários, o Brasil deverá ser uma das grandes apostas dos produtores nacionais. Não para escoar vinhos de qualidade duvidosa ou para inundar o mercado com preços muito baixos, solucionando pontualmente os problemas de tesouraria de alguns produtores, mas sim apostando numa distribuição eficaz que avance para além do eterno eixo São Paulo/Rio de Janeiro, as duas cidades onde a maioria dos produtores nacionais concentra a atenção.

Do que poucos se recordam, ou sequer se apercebem, é que o Brasil é igualmente um país produtor, um país onde o vinho é muito mais que uma colecção de rótulos importados. O grosso da produção concentra-se no estado do Rio Grande do Sul, em terra Gaúcha, no extremo sul do país, apesar de a Serra Catarinense, no estado de Santa Catarina, também no sul do Brasil, comece a conquistar um lugar ao sol beneficiando da presença das vinhas em altitude. Uma imensa maioria de portugueses, de resto tal como certamente uma imensa maioria de europeus, diverte-se com a simples ideia de experimentar um vinho brasileiro, desdenhando-os logo à partida, na maioria das vezes sem nunca os ter provado. A maioria zomba da sua qualidade, recusando-se sequer a considerar a possibilidade de o Brasil poder elaborar vinhos de qualidade.

Para ser justo, e salvo as raras e devidas excepções, a maioria dos vinhos brancos e tintos brasileiros são de qualidade mediana ou inferior, raramente cativando ou impressionando pela qualidade e/ou originalidade. O mesmo não se passa com os vinhos espumantes, categoria onde os produtores brasileiros conseguem tirar partido do clima difícil de Bento Gonçalves… onde as maturações nem sempre são fáceis. No mundo dos vinhos espumantes o Brasil dá cartas conseguindo apresentar alguns rótulos de qualidade muito elevada, vinhos que apresentados em prova cega seriam capazes de impressionar e cativar enófilos de qualquer parte do mundo.

Dos muitos vinhos espumantes brasileiros provados, e foram mesmo muitos, destaco três vinícolas que não teria dificuldade em situar entre os grandes produtores de vinhos espumantes do mundo produzidos fora da região francesa de Champagne. São eles os espumantes produzidos por Cave Geisse, Maximo Boschi e Estrelas do Brasil, o último dos quais é um produtor quase de garagem que se orgulha de produzir vinhos alternativos e profundamente excêntricos.

Cave Geisse é o mais conhecido dos três, um produtor enólogo de origem chilena que se mudou para o Brasil como consultor da Chandon e que mais tarde acabou por criar uma empresa própria de vinhos espumantes. Um dos rótulos que mais emociona é o Cave Geisse Blanc de Blancs, elaborado unicamente com a casta Chardonnay, um espumante elegante e profundamente “champanhês” no estilo. A reter igualmente o Cave Geisse Blanc de Noirs e o austero Cave Geisse Terroir Nature. Maximo Boschi apresenta-se num estilo ligeiramente mais oxidado e profundamente clássico no perfil, destacando-se essencialmente pelo rótulo Maximo Boschi Brut Speciale, um espumante que em prova cega poderia ser facilmente confundido com um vinho da região de Champagne.

Por fim o produtor Estrelas do Brasil, uma pequeníssima vinícola que junta um enólogo brasileiro com um uruguaio e que produz alguns dos vinhos espumantes mais loucos do mundo. Numa primeira aproximação poderá até criar um sentimento de rejeição pela excentricidade e pela profusão de desequilíbrios, mas poucos minutos depois o entusiasmo vai crescendo e a soma de desequilíbrios acaba por se transformar em harmonia e sofisticação. Aventure-se nos Estrelas dos Brasil Nature e Nature rosé, dois vinhos espumantes tão invulgares que serão capazes de alimentar a conversa durante um serão inteiro. E ainda há quem diga que não vale a pena perder tempo com os vinhos brasileiros…

Texto publicado originalmente no suplemento Fugas do jornal Público em 18 de Maio de 2013

http://ruifalcao.com/?p=914 

BLOG VINHO PARA TODOS

Em vídeo: entrevista com o enólogo Irineo Dall'Agnol e as novidades da Estrelas do Brasil

 

No final de setembro de 2012 estive com o enólogo Irineo Dall'Agnol, da vinícola Estrelas do Brasil. Conversei com ele sobre as novidades de sua produtora, os novos vinhos, as reedições e os projetos para o enoturismo. {mosimage}

Quem não visitou a sede da Estrelas do Brasil está perdendo uma das mais belas paisagens da Serra Gaúcha, uma linda vista para o Vale Aurora. Nesse local Irineo está construindo um varejo para visitação e alguns outros atrativos em meio aos vinhedos. Será um dos mais interessantes pontos turísticos para os amantes do vinho. Saúde a todos!

Fonte: http://www.vinhoparatodos.com/2013/01/em-video-entrevista-com-o-enologo.html

Slide Show

Guerra das Estrelas

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O vinho espumante se tornou um assunto efervescente por aqui. Há poucos dias, Steven Spurrier esteve no Brasil para comandar a degustação comentada do Panorama dos Espumantes do Hemisfério Sul. E lá pelas tantas disse que quem produz espumantes como os brasileiros, não precisa de champanhe. Ainda que qualquer pessoa deva ser prudente em suas opiniões, está claro que o elogio rasgado de Spurrier para nossos espumantes não deve ser levado ao pé da letra. Espumantes, ou estrelas engarrafadas, são feitos para celebrar a vida. E a guerra que se instalou não fez sentido.

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A declaração de Spurrier gerou celeuma. Alguns colocaram em dúvida sua reputação por causa dela  (Veja quem é o crítico no final desse texto). Mas, no fim das contas, acho que ele está certo: qualquer um pode ser feliz bebendo os ótimos espumantes brasileiros. Ainda que champanhe seja especial (mas nem todas tanto assim), é muito caro. Ainda mais no Brasil. E, para confirmar o que Spurrier disse, publico abaixo uma rápida entrevista que fiz com o crítico português Rui Falcão, que vem sempre ao Brasil, a convite da Vinhos de Portugal, para dar palestras sobre os vinhos da Terrinha, conhecedor profundo que é do assunto. Falcão também viajou muito pelo Sul do país, onde encontrou vinhedos quase que desconhecidos da grande maioria. E foi através dele, Falcão, que tomei conhecimento de uma vinícola que produz um dos melhores espumantes brasileiros, Estrelas do Brasil, e que não estava no evento comandado por Spurrier. Pois deveria. Assim como os de Adolfo Lona.

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Como tem sido sua experiência no Brasil?
É muito gratificante. Queremos ensinar sobre o vinho português, que faz vinhos completamente diferentes do resto  do mundo. E o resultado tem sido bom, refletindo-se nas vendas.

Nesse tempo, teve oportunidade de conhecer melhor as vinícolas brasileiras?
Sim, claro, quem gosta de vinhos procura conhecer outras regiões e seus vinhos. Durante muito tempo tem-se falado dos vinhos brasileiros. O país faz bons brancos e espumantes francamente bons. Tintos, menos. O Brasil é um  país com condições de fazer espumantes muito bons.

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Um deles poderia ser Estrelas do Brasil, que conheci por meio de uma matéria que escreveu para um jornal de Portugal? Até visitei a vinícola.
Com certeza. Conheci a Estrelas do Brasil, do Irineo Dal'Agnol e do Alejandro Cardozo. Quando degustei o espumante, vi que era completamente diferente de tudo o que já tinha bebido! O curioso é que, de início, não gostei. Mas com ele na taça, fui gostando cada vez mais. Parece que ele tem alguns defeitos, como se tivesse muita coisa  errada no seu processo. Mas a soma desses erros deu um espumante muito bom. Estranho, não? Por isso, fiz questão de conhecê-los quando estive na Serra Gaúcha, junto com o Nuno Pires. São pessoas de trato muito fácil e começamos uma relação de amizade.

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Que outras vinícolas destacaria entre as que fazem bons espumantes?
Outro que conheci, e que considero entre os grandes do mundo, é o Adolfo Lona, sobretudo o seu champenoise, o Orus. Há outros grandes também, como a Valduga, a Miolo, a Cave Geisse e o (Luiz Zanini) que fazem espumantes a um custo benefício muito bom.

É verdade que o espumante do Adolfo Lona já lhe trouxe problemas?
Não exatamente um problema. Mas há pouco tempo, um jornal em Portugal me pediu para citar os cinco vinhos que mais havia gostado em 2013. Citei três de Portugal, um da Austrália e o espumante Orus, do Adolfo Lona.  Teve gente que me ligou e falou "cara, cê tá louco?" A todos, eu respondia: "Provem!". Os que provaram reconheceram que eu estava certo.

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O que deveria mudar em relação à produção de espumantes no  Brasil?
Um é o excesso de  açúcar em alguns vinhos. O que é estranho também é a insistência no método charmat. O charmat é mais barato e mais rápido. Mas o produto final é sempre igual, quase um  refrigerante.

PS: Steven  Spurrier é editor da revista Decanter. Em 1976, ajudou a quebrar os paradigmas existentes sobre os vinhos do velho e do novo mundos. O famoso Julgamento de Paris colocou frente a frente, em degustação às cegas, grandes ícones da França e novatos californianos. Deu Califórnia na cabeça. A partir disso, o mundo do vinho, especialmente no Novo Mundo, ganhou um impulso e, graças a ele, esses vinhos, inclusive os brasileiros, ganharam em respeitabilidade.